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Descobri que faz um ano que não apareço por aqui. O tempo pode ser uma desculpa, mas não devo aceitá-la. Desafios e aprendizados sim, me ocuparam muito nesse período. Dúvidas também. Muitos aprendizados e escolhas. Não me afastei da internet, nem das redes sociais, nem do mundo da educação. Consegui reunir muitas perguntas. Penso na importância das perguntas. Respostas são apenas consequências. Se não perguntamos não aprendemos. Esses dias assisti um vídeo que fala sobre a necessidade do fracasso, da importância de errar para aprender. Nele, Diana Laufenbeg fala de suas experiências de aprender sobre o aprendizado e de como desenvolveu a percepção de que é possível aprender com os erros. O que ela diz vem ao encontro da minha reflexão sobre o fazer. Fazer coisas, fazer experiências, fazer perguntas ao contrário de receber pacotes prontos seja lá do que for.  Se o contexto é algo importante, como ajudar o aprendizado criando contextos apropriados?

Penso que o mundo digital é um dos caminhos possíveis, que pode ser bem aproveitado. A quantidade de informações, de soluções de compartilhamento, a quantidade de pessoas formando essa rede, que cresce a cada dia, pode ajudar. No entanto temos cabeças feitas por paradigmas oriundos do papel. Pensamos papel e lápis, mesmo quando estamos num blog. Ou o blog é isso mesmo? Um substituto dos nossos cadernos amarelados pelo tempo?

Mas, a distância entre um caderno e um blog tem a medida da quantidade de pessoas que podem ter acesso ao texto e contribuir com ele. Criando e reduzindo erros, instigando com novas perguntas, agregando novas respostas.

Depois de um ano de silêncio sabático, resolvi fazer e errar para o aprender mais. Uma nova maneira de testar um processo muito antigo, comum e marginalizado pela importância que tem tido o conhecimento nesses nossos tempos.

Descobri também que podemos começar, parar, recomeçar num ciclo virtuoso de crescimento pessoal, profissional, social. Não importa quanto dure cada fase. São aprendizados, que não estão apenas nos livros que lemos, mas no ser e fazer nosso de cada dia. A vida não pára e somos aprendizes continuados do saber para saber ser e viver conjuntamente com erros e acertos nossos e dos nossos.

Tudo passa

Tudo passa, tudo passará. Letra de música ou constatação piegas de gente com dor de cotovelo? Olhando assim de relance parece, mas se ampliarmos o escopo, com olhos para além do coração, vamos perceber que a frase tem muito ver com as mudanças constantes no mundo que nos cerca.

Associo essa expressão às tecnologias e às consequências que a evolução tecnológica acarreta em nossas vidas. Pessoal, profissional e social.

Para não ir muito longe, pensei na ascensão e queda da máquina de escrever. Não vai muito longe as escolas de datilografia começaram a fechar. Um negócio que praticamente se extinguiu e não conseguiu sequer ser substituído por escolas de digitação (as escolas de informática vão muito além disso ou não se sustentam).

 Aliás, as pessoas hoje digitam naturalmente, é como se o teclado fizesse parte de suas vidas, crianças nascem sabendo digitar. E isso é resultado da disseminação do computador, que nos anos noventa começou a ocupar as mesas onde luziam as máquinas de escrever.

Datilógrafas foram mudando suas carreiras e sumiram pra sempre das empresas. Digitadores somos todos nós, nas mesas dos escritórios e nas de casa também.

A força dessas novas tecnologias, em todas as áreas, coloca no quadrante do esquecimento o que sabíamos, o como fazíamos e o como éramos.

E a velocidade dessa evolução tem nos provocado aprender e mudar cotidianamente.

A dificuldade é mudar com rapidez para associar um novo jeito de ser e fazer. Por isso, nossa tendência é usar a tecnologia medianamente, durante um tempo de adaptação, até entendermos que é possível e que podemos fazer diferente.

No campo da educação estamos vivendo um lindo processo de transição.

Temos à disposição um arsenal de ferramentas, mas ainda não conseguimos sair totalmente da sala de aula padrão. Assistimos a um processo de aprendizagem, com milhares de participantes: produtores de software, conteúdistas, professores, tutores, alunos. Todos envolvidos no mundo da educação a distância. Vivemos um momento histórico, que poderíamos chamar de “o Século Digital”, em que impera a autoria, a comunicação, a informação e a busca constante à construção do conhecimento. Quase uma realização do que se desejava no Século das Luzes, a libertação da tutela, dos dogmas, o esclarecimento e a possibilidade de cada um pensar por si mesmo.

Nem melhor, nem pior. Cada instituição, cada organização, cada empresa se apropria do mundo digital e faz da educação a distância sua possibilidade maior de atender mais pessoas. E as pessoas tem cada vez mais acesso ao sistema ensino-aprendizagem, não tanto pela oferta crescente, mas pela necessidade premente de atualização que o mercado exige.

Mas, tudo passa. E esse modelo também passará. Não que as pessoas irão parar de estudar e aprender. Pelo contrário, acredito que isso será cada vez mais necessário. É que será tudo diferente. Porque a tecnologia será melhor compreendida, melhor adaptada, diferentemente aproveitada.

No entanto, nesse momento, haverá também novas tecnologias que ainda nem imaginamos e que demandarão novas mudanças. Na verdade, o que chamamos de educação continuada é muito mais aprendizado continuado, obrigatório, forçado por essa evolução, cujo processo é acelerado e progressivo. No decurso dessas vivências somo os autores do exercício permanente de diálogo do presente com o passado, fazendo a história que será percebida no desconhecido futuro.

Reviver para crescer

“Seja positivo, seja negativo, o pensamento do ser humano é sempre criativo e encontra a exata ocasião para se materializar.” (Stefano Elio D”Anna)

Vasculhar a memória. Por em marcha a inteligência intrapessoal em busca do entendimento do que sou em relação ao que fui. Compreender o percurso da transformação, embates, dificuldades, sucesso, conquistas, competências desenvolvidas ou perdidas. Encontrar nas relações do passado as conseqüências do presente, entender o presente e construir mais e melhor futuro.

Poderá haver dor nos lobos frontais? Sim, e é provável que ela reflita no coração. Mas nada como refletir para aprender mais e crescer, aplacar a dor e sorrir dos erros.

Pode ser que não saibamos quem somos, a que viemos, nosso papel nessa vida. Mas, pode acontecer de não entendermos por que somos desta ou daquela forma, agimos assim ou de outro jeito, gostamos de ler ou de fazer contas.

Pensar sobre isso e inquietar-se em busca do entendimento é ao mesmo tempo buscar o bem-estar consigo mesmo, melhorar o humor e sentir-se mais apto a encarar novos projetos positivamente.

A via de acesso a esse conhecimento passa pela redescoberta das influências recebidas ao longo da vida, principalmente por meio dos muitos professores que colaboraram para o nosso aprendizado.

Eles assumiam postura mais ou menos mecanicista, técnica ou maniqueísta; flexível ou de rigidez exacerbada; eram capazes de bom ou nenhum relacionamento interpessoal; exerciam a liberdade para uma conversa franca e aberta ou se continham silenciosamente em exposição de conteúdos.

 O comportamento desses professores foram os instrumentos que nos formaram, ou deformaram, ao longo da vida.

Para compreender o resultado que somos, uma boa análise das experiências vividas nas escolas será um expediente proveitoso.

Esse é um exercício para o desenvolvimento da inteligência intrapessoal, da consciência sobre nossos comportamentos e das distinções que adquirimos ao contextualizar o que observamos. Que nos leva à assunção de novos comportamentos e reconstrução de modelos mentais. O que vai acarretar melhor inteligência interpessoal e, por conseguinte, relações positivas nos grupos, comunidades e sociedade.

Esse é o movimento do crescimento pessoal e a grandeza humana de desenvolver-se na relação com o outro.

primaveraNem sempre consigo escrever. Pode ser tempo ou incapacidade, mesmo, de me expressar sobre algum assunto ou talvez por não conseguir encontrar as palavras na hora possível de formar minhas frases.

No caso deste blog, não me sinto obrigada a ser produtiva. Mas, me sinto inteiramente comprometida em dizer o que sinto em relação à educação nesse momento de amplo e excessivo uso das tecnologias. Porque gosto delas, das inúmeras portas que elas me abrem. Porque acredito nas oportunidades que essas tecnologias oferecem para ensinar e aprender.

Hoje, lendo o post do Gil Giardelli, me identifiquei com a frase – Acredito que o “educador” deve fazer com amor, amor e amor!

Atualmente meu exercício de educadora se faz no dia-a-dia e não no formato de aulas. Seja no convívio com amigos e colegas, seja eventualmente em palestras. Sempre envolvendo o uso da web e das soluções possíveis nesse ambiente.

Observo que cada vez mais podemos ensinar e aprender independente das distâncias. A cada dia a liberdade para aprender tende a empatar com a liberdade de amar.  Nesse sentido, compartilhar torna-se a palavra chave para todos nós, educadores em qualquer sentido.

A web está nos dando essa opção, compartilhar sempre o que descobrimos, o que lemos, o que conhecemos. Aprender, buscando aqui e ali o que precisamos ou o que nos interessa saber.

Ler, sem gastar nada, ficou fácil. No Google Livros, com o tema educação, existem 701 documentos com visualização completa. No site Domínio Público podemos encontrar a obra completa de Machado de Assis, os poemas de Fernando Pessoa. São mais de cem mil textos, quase onze mil imagens, mais de dois mil sons e mil vídeos.  E não custa nada.

Navegando no Google Maps com Street View é possível passear por Nova Iorque ou Paris. É quase real,  podemos recordar o que já vimos ou conhecer vários locais, sem ter estado lá.

Apresentações sobre os mais variados temas e assuntos estão no Sideshare, inclusive as minhas.

 Movidos pela curiosidade, podemos descobrir que pesquisando video aulas no youtube  vamos obter mais de 13 mil vídeos. Se acrescentarmos a palavra português, serão quase cinco mil.

Mesmo que alguns tenham interesse comercial, podemos admitir que todas essas pessoas estão compartilhando por amor. Por acreditarem que pelo menos uma outra pessoa se beneficiará. Aprenderá.

Se a opção for fazer um curso, há centenas. Pagos, baratos, gratuitos. Formais ou abertos. Há um bom catálogo na ABED.  Para empreendedores, os do SEBRAE, gratuitos, atenderam mais de 270 mil pessoas em 2008.

Quer aprender mais sobre o mundo digital? Veja Olhar Digital, um mundo de informações em texto e vídeos.

Esse é um novo mundo. Sem barreiras às relações. Sem impedimentos para o conhecimento. Aprender a lidar nesse novo mundo é a nossa missão. A luz que se acende é a da oportunidade para sermos mais e melhores. De ensinar o pouco que sabemos. Aprender continuamente. Livremente.  Gratuitamente. É dar e receber, com muito amor.

compartilhar

No Brasil, em 1923, a Fundação da Rádio Sociedade, do Rio de Janeiro, transmitia programas de literatura, radiotelegrafia e telefonia, línguas, sob coordenação de um grupo da Academia Brasileira de Ciências. O Instituto Universal, fundado em 1941, é considerado como uma das primeiras experiências em EaD no país, utilizando basicamente material impresso. Isso significa que a superação da distância é um caso antigo na Educação.

Hoje em dia, sob vários codinomes, fala-se da distância na educação como se fosse um privilégio desse momento histórico. Mas, nada mudou no processo de transformação e construção do conhecimento. Mudaram, e muito, as tecnologias. Evoluindo do papel para o computador, do rádio e da TV para as redes.

Essas mudanças tem uma conseqüência importante para a educação, que migra de um processo bilateral para um processo multilateral. As primeiras  influências da tecnologia, como rádio, TV e multimídia, permitiam produzir soluções de ensino-aprendizado de um para muitos, a partir dos modelos presenciais. O conteúdo preparado em função do meio e mediatizado pelo próprio computador ou por um tutor. Lê-se nos livros a orientação para uma equipe de projeto de elaboração de cursos a distância que, entre outros atores, inclua um professor para preparar o conteúdo e um tutor para apoiar o aluno. O processo de construção do curso, apesar da equipe, segue rigorosamente as estratégias para ambientes presenciais.

No entanto, as tecnologias atuais substituem a lógica bidirecional pela multidirecional, criando novas oportunidades para a educação, mas ao mesmo tempo incluindo a necessidade de novos aprendizados e experiências para escolas e professores. E há nisso um sentido de urgência.

A geração Y, ou geração Internet, está vivendo intensamente essa nova realidade. Os “nativos digitais” estão participando e compartilhando, trocando e construindo conhecimentos, nas redes sociais de forma cada vez mais crescente. Essas pessoas não tem mais motivação para o bidirecional, porque são autoras. Estão acostumadas a compartilhar. Dar e receber qualquer coisa que saibam, gostem, percebam. Já entenderam que o conhecimento é ampliado pelas trocas.

Falar para eles de ambientes colaborativos é pouco, pois eles já fazem isso e muito mais no dia-a-dia. Ignoram a distância, isso não tem a menor importância para nada. A internet, o celular, o Ipod são como extensão de seus braços e mentes.

Eles, daqui a pouco, serão professores. Com certeza preferidos pelos outros Y. Apenas os “migrantes digitais” sobreviverão com eles. Isso parece forte? Exagerado? O tempo dirá.

Aproveito o fluxo de migração. Sem distância. Aprendendo nas redes, blogando. Compartilhando.

Dá pra imaginar que educação pode ser tratada como um negócio?

Para alguns isso pode chegar próximo a uma heresia, mas na verdade já se faz isso no mundo todo.

A holandesa  Springwise, empresa de inovação, mantém uma rede de observadores em mais de 70 países, identificando boas idéias e novos negócios que possam inspirar empreendedores. A educação é um dos setores de negócios inovadores, e são citadas empresas que oferecem cursos complementares para graduação,  aulas em vídeo, jogos virtuais com premiações reais entre outros.

No Brasil já existem iniciativas de negócios na área de educação, usando a Internet como,  por exemplo, o Instituto Amazônida, com cursos livres de qualificação profissional. Eles se declaram “uma empresa que existe para auxiliar as pessoas e ajudá-las a ter uma vida melhor…”

Essas novas possibilidades são conseqüência das facilidades oferecidas pela web, com inúmeras soluções gratuitas que podem ser aproveitadas por empreendedores capazes de inovar.

Mesmo com a certeza da importância das instituições de ensino, tanto públicas como privadas, é importante perceber como as soluções ofertadas pelos novos negócios são interessantes e importantes nos dias de hoje. Se a educação continuada é um requerimento dos novos tempos, seria mesmo de se esperar que a sociedade se envolvesse e que o acesso ao aprendizado não ficasse restrito às instituições autorizadas pelo MEC. Transformadas em negócios, as iniciativas de ensino-aprendizagem pela web serão cada vez mais importantes, trazendo alternativas, flexibilidade e facilidade para as pessoas. Quanto mais empresas fizerem isso melhor, pois a competição no mercado as obrigará a serem cada vez mais eficazes e a melhorarem constantemente a qualidade de suas ofertas, bem como o preço.

Enquanto isso, sem pagar nada, já se tem ótimas oportunidades para aprender. Basta pesquisar um pouquinho e vamos encontrar vídeo-aulas no Youtube ou cursos como os do SEBRAE.

Dia das Mães, dia dos Pais, dia de São João, dia de São Pedro, dia do Aviador, dia do Professor, dia de Todos os Santos, dia da Criança, dia do Fotógrafo, Dia do Funcionário Público, dia do Comerciário……….dia…..dia… São 365 dias dedicados a muita gente. É essa a palavra que está por trás das datas. Sempre tem alguém por trás delas. Por exemplo, o dia da Educação está espremido entre o dia do Sacerdote e o dia da Sogra: pessoas.

Pergunto: quem é a pessoa por trás de Educação? Não me diga que é o professor, pois o dia dele é lá, em outubro. Quem então?

Penso que sou eu, você, todos nós.

Que o dia dedicado à Educação é um alerta para o nosso principal papel durante a vida: educar e educar-nos. No dia-a-dia somos, todos, responsáveis pela educação de nossos pais, de nossos filhos, de nossos colegas, de nossos amigos, de nossos empregados.

Acredito que essa data quer nos lembrar dessa responsabilidade, quer nos dizer que a escola, os cursos em geral, são aspectos relevantes, mas não únicos ou isolados no contexto educacional.

Você já colaborou com a educação hoje?

Comemore aprendendo, depois gaste um tempinho e ensine!

Sempre, preocupe-se em ser um exemplo.

 

 

 

 

O vídeo é de 2008, mas vale para sempre. Faça sua parte!

 

 

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O século XVIII é conhecido como o Século das Luzes, porque os iluministas acreditavam que o pensamento racional tiraria o homem das trevas, representada pelas crenças e pela fé na religião e no misticismo. Mas só no final do século XIX o mundo começa a se iluminar, verdadeiramente, com a energia elétrica e no Brasil, isso se consolida apenas na primeira metade do século XX.

Não sei se pelas luzes ou pela evolução provocada pela revolução industrial, a partir de então a evolução da ciência e da tecnologia vem produzindo uma transformação no mundo e o mundo nas pessoas (e vice-versa) com velocidade e aceleração jamais registradas na história.

Em apenas um século os brasileiros tiveram acesso à luz elétrica, ao ensino nas escolas, ao computador e à web.

Em 1920 o “percentual de analfabetos no país referente a todas as idades é de 75% e na população de 15 anos e mais é de 65%” (veja Pedagogia em Foco). Em 2005 a taxa para a população de mais de 15 anos  é de 10,9% (tabelas PNAD) e em 2007 mais de dois milhões e meio de pessoas estudaram a distância (ABRAEAD).

O impacto da web em todos os campos foi, inclusive na educação, foi assustador. Você acredita que a web 2.0 traz a mudança de paradigma no campo das possibilidades? Já observou como estão evoluindo as possibilidades de conversar, de ver, de escrever, de ler, de conhecer, de comprar, de reclamar, de divulgar, de convencer, de criar, de aprender, de …

A distância atualmente tão comemorada na educação deverá em breve ser esquecida? Tornar-se-á irrelevante? Penso que futuramente importará apenas a educação, independente da modalidade. Da mesma forma que ligamos as coisas na tomada, sem nos preocuparmos com a energia que ela nos oferece, vamos ligar nossos computadores, fazer nossos cursos, obter nossos certificados.

A escola vai acabar? Claro que não. Acredito que vai mudar, tornar-se mais acessível, da mesma forma como ficou mais fácil fazer tantas outras coisas e viver a vida.

Imagine que o acelerador continuará e a velocidade será cada vez mais percebida por todos nós. Vamos correr.

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A pessoas tem tendência de procurar seus pares. Gostamos de quem pensa igual a gente, de quem curte os mesmos sons, as mesmas imagens, as mesmas falas.

Na rede fica fácil nos associarmos às comunidades e a fazer novos amigos, pois sempre há muitos outros em muitos lugares que fazem parte do nosso universo, compartilhando os mesmos princípios, valores e crenças.  A comunidade é um lugar cálido, um lugar confortável e aconchegante

Mas, se nos acomodamos numa comunidade perdemos a oportunidade de conhecer quem pensa e age diferente, quem acredita em outras verdades, vive de outras práticas, conhece o que desconhecemos.

Ao evitarmos os diferentes emburrecemos um pouco, nos limitamos, deixamos de aprender e acabamos por criticar aquilo sobre o que nada sabemos.

Cabe aos professores aproveitar a rede para mostrar as contradições, as complementações, as muitas possibilidades de ver e de estar no mundo.

Não falo do bem e do mal, nem do certo e do errado.  Falo das diferenças, das escolhas, do pensamento esclarecido, da decisão fundamentada no conhecimento.

A web nos permite passear pelas idéias, lendo, vendo imagens e sons, nos preparando para o método científico na medida em que alguém nos oriente a sair da mesmice.

Inovar  é fazer diferente. Orientar meninos e meninas para visitar locais onde não costumam ir. Por exemplo, ver o que se diz por aí contra e a favor da web, ouvir musica boa e brega no youtube, saber sobre efeito estufa e  aquecimento global , conhecer opiniões diferentes e análises sob vários aspectos, entender sobre gente que come muito e gente que não come nada, gente que precisa da chuva e gente que sofre com ela.

Mudar pode dar trabalho, mas é necessário.

 

“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.” (Art. 1º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996)

Você poderia entender o desenvolvimento dos processos formativos, a partir da definição dada pela Lei de diretrizes e bases para da educação nacional, sem comunicação?

Agora pense na oportunidade que a tecnologia atual, principalmente a web, nos oferece para a educação. Porque não usar todo o potencial de conteúdos, redes sociais, autoria?

Uma passagem pelo youtube mostra alguns alunos expondo trabalhos escolares em vídeos caseiros. E esses vídeos são vistos por outros garotos, que podem aproveitar as idéias e aprender com seus amigos e colegas. Porque é bastante óbvio que eles vão distribuir link pelas redes sociais. Veja exemplos muito simples do que já andam fazendo por aí. Com criatividade e sem despesas, os professores podem valorizar esses trabalhos reunindo-os em blogs ou redes sociais, valorizando seus alunos e seu próprio trabalho. Em Joinville, Santa Catarina, já estão fazendo isso. Confira no blog da escola municipal Governador Heriberto Hulse.